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  • Foto do escritorTropicália Viva

Em defesa dos livros: dez obras para entender o movimento tropicalista

O governo Bolsonaro enviou uma parte da proposta de reforma tributária no mês passado para o Congresso analisar. O Ministério da Economia sugere unificar o PIS/Pasep e CONFINS em um novo imposto chamado de Contribuição Social entre Operações com Bens e Serviços (CBS). A alíquota do CBS seria de 12%.


Um dos grandes problemas, é que no Brasil, o setor de livros não paga impostos e é protegido de qualquer cobrança desde a aprovação no ano de 2004 da Lei 10.865 sancionada pelo então presidente Lula. Essa lei diz em seu Artigo 28 que ficam reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para PIS/PASEP e da COFINS incidentes da receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de livros.


Se a proposta do governo for aprovada, a isenção deixa de existir junto com as denominações dos impostos, o que ocasionaria um aumento do valor dos livros para os consumidores e uma arrecadação para o governo que chega a ser maior do que o valor que o autor recebe na obra.


Entramos também na luta em defesa do livro e resolvemos indicar dez obras literárias incríveis para entender o movimento tropicalista. Além das obras, no final da postagem existe um link para o abaixo-assinado em defesa dos livros.


Todas as sinopses são transcrições disponíveis nos portais das editores e lojas virtuais.



VERDADE TROPICAL (Edição Comemorativa)

Autor: Caetano Veloso

Editora: Companhia das Letras

Sinopse: Ao narrar sua formação cultural – que inclui música, cinema, artes plásticas, literatura e filosofia –, Caetano Veloso não se limita a escrever uma autobiografia. Nessa mistura de memórias, ensaio e história, tendo como eixo central a eclosão do tropicalismo em meio aos anos de chumbo, o autor esmiúça momentos decisivos da ditadura militar e os nomes com quem travou apaixonadas conversas. Partindo de Santo Amaro, na Bahia, onde leu Clarice Lispector, assistiu a La strada, ouviu João Gilberto e teve sua primeira relação sexual, suas lembranças atravessam a adolescência, a prisão em 1968, o exílio em Londres e chegam ao fim da década de 1990 para compor um extraordinário panorama do Brasil.

A nova edição de Verdade tropical, com projeto gráfico redesenhado, inclui texto inédito escrito especialmente para este volume. Em "Carmen Miranda não sabia sambar", Caetano pondera sobre as duas décadas que se passaram entre o lançamento do livro, em 1997, e hoje. Aos 75 anos, ele se debruça sobre sua trajetória musical – e também literária – para um acerto de contas com suas experiências pessoais, além de analisar assuntos relacionados à cultura, política e identidade do país. "Sou brasileiro e me tornei, mais ou menos involuntariamente, cantor e compositor de canções", ele escreve. "Fui um dos idealizadores e executores do projeto da Tropicália. Este livro é uma tentativa de narra e interpretar o que se passou."




TROPICALISTA LENTA LUTA

Autor: Tom Zé

Editora: Publifolha

Sinopse: Um dos maiores compositores brasileiros, Tom Zé é também um escritor incomparável. Tropicalista Lenta Luta traz um texto autobiográfico do artista, 25 textos diversos, todas as letras do músico e sua discografia completa. O livro conta ainda com uma longa entrevista e muitas fotos. "É um livro incomparável, de um escritor incomparável, no sentido estrito da palavra: o que ele escreve não se compara à escrita de nenhum outro autor. É único." É assim que o editor do livro, Arthur Nestrovski", define "Tropicalista Lenta Luta", um livro que vai marcar a história da música popular brasileira. O livro se divide em quatro partes, explica Nestrovski. "A primeira é o texto autobiográfico que dá título ao conjunto: memórias de Irará, na Bahia, histórias da música, trajetória do artista. Na segunda, foram reunidos 25 textos escritos em ocasiões diversas - para jornais, revistas, sites - e uma carta. Os assuntos vão da música à política, dos livros às cidades, da ecologia às lembranças pessoais. Depois disso vêm todas as letras, incluindo o disco novo Imprensa Cantada 2003, que está sendo lançado no mês que vem pela gravadora Trama." A quarta parte é a transcrição de uma longa entrevista, concedida ao músico Luiz Tatit e ao editor da Publifolha, Arthur Nestrovski, em que esses e outros assuntos se combinam. Tropicalista Lenta Luta traz ainda a discografia completa de Tom Zé e uma biografia musical. Nestrovski completa: "Duas dezenas de fotos têm papel importante: são documentos (como um pedido oficial de censura a letras de Tom Zé), registros históricos (Festival da Record de 1968), imagens de Irará, fotos de instrumentos etc.- cada uma, mais que ilustrando, multiplicando os sentidos do texto.''



BRUTALIDADE JARDIM

Autor: Christopher Dunn

Editora: Editora Unesp

Sinopse: No final da década de 1960, artistas brasileiros consolidaram um movimento cultural divisor de águas conhecido como Tropicália. Atualmente, a música inspirada por esse movimento tem recebido considerável atenção tanto no Brasil quanto no exterior. Poucos novos ouvintes, contudo, conhecem a relação entre essa música e as circunstâncias por trás de sua criação, a fase mais violenta e repressiva do regime militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. Com importantes manifestações no teatro, cinema, artes visuais, literatura e especialmente na música popular, a Tropicália articulou com dinamismo os conflitos e aspirações de uma geração de jovens brasileiros urbanos. Concentrando-se em um grupo de músicos da Bahia, um estado empobrecido do Nordeste conhecido pela vibrante cultura afro-brasileira, Christopher Dunn revela como artistas brasileiros incluindo Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé criaram esse movimento em sintonia com a vanguarda musical e poética de São Paulo, a cidade mais moderna e industrializada do Brasil. O autor mostra como os tropicalistas se apropriaram seletivamente das práticas culturais do Brasil e do exterior e as parodiaram para expor a fissura entre a imagem idealizada do Brasil como um tranquilo jardim tropical e a brutalidade vivenciada diariamente por seus cidadãos.



TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENSIS

Autora: Ana de Oliveira

Editora: Iyá Omin

Sinopse: O disco Tropicalia ou Panis et circencis tornou-se símbolo não só do movimento tropicalista como também da vertiginosa movimentação cultural que tomou conta do Brasil no final nos anos 1960.

O livro, idealizado e organizado pela pesquisadora Ana de Oliveira, é composto por doze ensaios inéditos, de autores diferentes, um ensaio para cada uma das doze canções que compõem o LP. Textos que misturam memória, análise, encantamento, documentação, teoria, prática, filosofia, poesia, pão e circo, formando um livro único no Brasil, dedicado especialmente a um único disco.

"A infinidade de imagens poéticas das letras desse disco nos inspirou a convidar designers e artistas visuais de variadas tendências e disciplinas a apresentarem interpretações visuais de cada faixa. Assim, as obras musicais foram traduzidas para linguagens próprias das artes visuais, os capítulos ganharam ilustrações personalíssimas e cada canção foi contemplada com um pôster".

Livro-objeto único, imperdível, tropicalista.




TROPICÁLIA ALEGORIA ALEGRIA

Autor: Celso Favaretto

Editora: Atelê Editorial

Sinopse: Lançado em 1979, este estudo de Celso Favaretto tornou-se um clássico sobre o movimento da Tropicália, leitura imprescindível aos interessados pelo tema. O autor reconstitui os nexos entre as composições, os arranjos e as cenas que caracterizam os gestos particulares dos tropicalistas. Explica também as tendências gerais do movimento e mostra como ele desenhou uma nova estética para a música brasileira. Esta reedição, revisada e ampliada, conta com prefácio do músico e linguista Luiz Tatit.




RITA LEE - UMA AUTOBIOGRAFIA

Autora: Rita Lee

Editora: Globo Livros

Sinopse:“Do primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma bio não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo lá. E você pode ter certeza: essa é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para nós. Rita cuidou de tudo. Escreveu, escolheu as fotos e criou as legendas e até decidiu a ordem das imagens , fez a capa, pensou na contracapa, nas orelhas... Entregou o livro assim: prontinho. Sua essência está nessas páginas. E é exatamente desse modo que a Globo Livros coloca a autobiografia da nossa estrela maior no mercado.” Texto de Guilherme Samora.



TROPICÁLIA: A HISTÓRIA DE UMA REVOLUÇÃO MUSICAL

Autor: Carlos Calado

Editora: Editora 34

Sinopse: Carlos Calado conta a trajetória do movimento que mudou a MPB por meio de uma abrnagente reconstituição histórica baseada em entrevistas, farta pesquisa em arquivos e material iconográfico em grande parte inédito.



AQUI É O FIM DO MUNDO

Autor: Rafael Zincone

Editora: Editora GZ

Sinopse: Ao associar o Tropicalismo à ascensão da TV e à consolidação da indústria fonográfica no Brasil, Aqui é o fim do mundo traz à tona as controvérsias políticas do Tropicalismo musical e também do Brasil em que se criara: “um país que se modernizava corroborando seus arcaísmos”, conforme palavras do próprio autor. Zincone assim questiona o leitor sobre até que ponto é possível fazer crítica social por dentro da grande indústria. Essa é a questão central analisada nesse livro. 




TROPICÁLIA: UMA REVOLUÇÃO NA CULTURA BRASILEIRA

Autor: Carlos Basualdo

Editora: Cosac Naify

Sinopse: Mais do que o catálogo de Tropicália: uma revolução cultural no Brasil - exposição com itinerância internacional montada pelo Museu de Artes Contemporâneas de Chicago, com curadoria de Carlos Basualdo -, este livro apresenta um panorama da cultura brasileira no período entre 1967 e 1972 que abrange artes plásticas, música, cinema, arquitetura, teatro, design gráfico e moda. A obra tem vocação para tornar-se uma referência sobre o movimento brasileiro Tropicália, contemporâneo dos movimentos artísticos de ruptura que irromperam no mundo inteiro nos anos 1960 e 1970. Com uma seleção de textos históricos, imagens e ensaios de reflexão sobre o período, traz contribuições de especialistas nas diversas áreas da cultura brasileira, produzidas especialmente para o volume. Entre outros, podem ser lidos ensaios de Ivana Bentes, Celso Favaretto, Flora Süssekind, Christopher Dunn e Hermano Vianna, além do texto introdutório do curador Carlos Basualdo. A seleção de textos históricos compreende desde textos e manifestos que, embora escritos anteriormente ao período compreendido, compartilham com o Tropicalismo o espírito crítico em relação à cultura brasileira, como o "Manifesto antropofágico", de Oswald de Andrade, "Vivência do Morro do Quieto", de Hélio Oiticica, e "Cultura e não cultura", de Lina Bo Bardi, até a seção que foi chamada, no livro, "Vozes da Tropicália", com os textos fundadores ou mais diretamente ligados ao movimento, como "O Rei da Vela: Manifesto do Oficina", de José Celso Martinez Corrêa, "A cruzada tropicalista", de Nelson Motta e "Tropicália", de Hélio Oiticica, entre outros.




TROPICÁLIA (Coleção Encontros)

Organizadores: Frederico Coelho e Sérgio Cohn

Editora: Azougue Editorial

Sinopse:A Tropicália foi sem dúvida o movimento cultural mais influente no Brasil da segunda metade do século XX. Em um breve período, o espírito crítico e irreverente de jovens realizadores em diferentes áreas artísticas suscitaram uma série de debates e obras que marcam até hoje a produção cultural brasileira. Esse volume especial da coleção Encontros permite que conheçamos a sua história e suas idéias através da voz de seus protagonistas. Caetano Veloso, Capinam, Gilberto Gil, Glauber Rocha, Hélio Oiticica, Jomard Muniz de Brito, José Agrippino de Paula, Mutantes, Nelson Motta, Rogério Duarte, Rogério Duprat, Rogério Sganzerla, Tom Zé, Torquato Neto e Zé Celso Martinez Corrêa.




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